Esperança é a palavra para quem tem dermatite atópica – Novo medicamento é a promessa..

    Lesões na pele, inchaço, descamações, vermelhidão, rachaduras as quais são portas para infecções e coceiras incontroláveis, dermatite atópica ou DA, para os íntimos acaba com a qualidade de vida dos pacientes e, se você for um pai ou uma mãe que vê o filho em crises constantes então... é um sofrimento duplo...

    E o sofrimento não para por aí...: dificuldade para dormir, depressão, isolamento social.    Você se enxerga em algum desses casos?

 

Além disso tudo ainda há o preconceito. A dermatite atópica não é contagiosa, mas muitas pessoas acham que sim e isso causa muito constrangimento.

A DA quando manifestada de forma grave, é altamente debilitante.   Hoje existe uma nova esperança no horizonte... Para esses casos, há um novo tratamento, aprovado nos Estados Unidos e no Brasil, tornou a doença um dos principais assuntos debatidos no Congresso da Academia Americana de Dermatologia, em San Diem no ano de 2018.

Dos banhos de maisena na infância às altas doses de corticoide que precisou tomar há dois anos, Luana já passou por inúmeros tratamentos. Cresceu indo a consultórios de dermatologistas, mas o diagnóstico só veio há quatro anos. Na infância e na adolescência, sofria com os olhares preconceituosos e as perguntas dos colegas que queriam saber porque a menina se coçava sem parar e tinha feridas no corpo.

A dermatite atópica é uma doença crônica, causada pelo desequilíbrio no sistema imunológico.

- É uma doença genética, tem implicações com processos inflamatórios. Hoje tem se usado mais medicamentos biológicos, imonomoduladorese e menos corticoides, ao contrário do que ocorria no passado. Na pele, como é uma doença alérgica e inflamatória, necessita muito de hidratação. Por isso muitos dermatologistas receitam água termal constantemente. O paciente que sofre com DA tem uma falta de hidratação natural na pele, o que a deixa desprotegida e sujeita a infecções de repetição.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a dermatite atópica atinge 2,4% das pessoas e é a 11ª doença dermatológica mais comum na população brasileira, considerando-se todas as faixas etárias.

Agora pasmem, entre as crianças até 14 anos, a prevalência é de 13,7%. Outros levantamentos apontam que a doença pode afetar até 20% dos pequenos.

Devido ao nosso clima, tomamos muito banho, a pele fica porosa, sem defesa. Quando o bebê é novinho, as mães costumam dar banhos em banheiras. Algumas mães podem dar banho de sabão, porque não se troca a água. É ali que começa a irritar a pele ...

Felizmente na maioria dos casos, a dermatite atópica aparece de forma leve e é controlada com o uso de hidratantes e pomadas à base de corticoides. Você pode tmbém usar uma água thermal com Zinco como é o caso da Liotti para amenizar as lesões e ajudar na cicatrização e na regeneração da pele, além de amenizar e muito as coceiras causadas pela dermatite.     A maioria das pessoas melhora com a chegada da adolescência. Mas quando se manifesta de forma moderada a grave, costuma seguir por toda a vida.

Quando o fator genético é muito forte, temos adultos gravemente doentes, com associação de asma, rinite e pneumonia de repetição ...

 

O dupilumabe é a resposta da medicina para tratamento de pacientes acima de 12 anos

O remédio bloqueia a ação das citoquinas, proteínas fabricadas pelas células de defesa e que estão em excesso no paciente atópico. Essas citoquinas faz reduzir a produção de lipídios, que são a “base” da pele. Essa é a razão pela qual na dermatite atópica, a barreira da pele é imperfeita. O dupilumabe reequilibra o organismo, Fazendo com que a pele volte ao normal.

Há casos de pacientes nos Estados Unidos que estão tomando o remédio, cujo nome comercial é Dupixent, há três anos sem efeitos adversos importantes.

Três estudos clínicos, com 2.119 pacientes, apresentados no Congresso da Academia Americana de Dermatologia demonstraram significativa redução das lesões e da coceira ainda no primeiro mês de tratamento. Pacientes tratados com dupilumabe relataram melhora nos sintomas com apenas uma semana de tratamento. Após quatro semanas, dois a cada três pacientes atingiram melhora de 75% das lesões na pele. Esse índice é mantido também no período de um ano.

Fonte: Site EXTRA 3/3/2018